sábado, 14 de abril de 2012

Texto para o estudo de 21/04/2012

Inúmeros companheiros de lides espiritistas queixam-se, amiúde, dos parcos resultados que colhem do exercício da mediunidade.
Afirmam que, não obstante freqüentarem reuniões específicas para a educação da mediunidade, os tentames encetados durante vários anos a fio não produziram os frutos esperados.
Os que lograram algum efeito positivo informam que as comunicações recebidas não passam de trivialidades, quer no fundo quanto na forma.
Todos esclarecem que esperavam uma colheita estimulante, podendo demonstrar, sem qualquer dúvida, a procedência extrafísica das mensagens, a interferência mais evidente dos Espíritos desencarnados.
Como efeito, entremostram-se desanimados, duvidosos, com receios que não se justificam.
A mediunidade, como é compreensível, varia de indivíduo para indivíduo, sendo mais expressiva nuns do que outros, portadora de característica e peculiaridades especiais programadas para objetivos correspondentes.
Cada médium está incurso numa tarefa a que se deve adaptar, perseguindo os objetivos do próprio aprimoramento e contribuindo para o bem geral.
Graças ao passado espiritual de cada qual, variam as potencialidades psíquicas, não havendo, portanto, dois médiuns iguais, como iguais não existem comportamentos e realizações noutros setores de atividades morais.
A educação da mediunidade exige a aplicação de recursos que dependem do próprio candidato, a benefício de si mesmo.
O fenômeno espontâneo, natural, irrompe sem que se estabeleçam condições antecipadas. Todavia, quando se deseja desdobrar os recursos mediúnicos e canalizá-los corretamente, o estudo consciente da Doutrina Espírita se apresenta como condição primeira, inadiável.
Concomitantemente, a reforma moral do aprendiz e o esforço pela vivência dos ensinamentos evangélicos numa edificante atividade de socorro fraternal, atraem a atenção dos bons Espíritos que se dispõem a contribuir, por sua vez, no desdobramento dos labores a que se candidata.
A perseverança no compromisso e o recolhimento íntimo, com desapego natural das paixões inferiores e dos artifícios secundários da vida social com suas questiúnculas e condicionamentos, produzem uma liberação das matrizes dos registros psíquicos aos quais se adaptam as tomadas mentais dos Benfeitores desencarnados, estabelecendo-se um seguro intercâmbio que se fará mais pleno e fiel à medida que se depure e se eleve o médium através da vivência dos postulados espirituais.
A mediunidade colocada a serviço de Jesus, deve ser adaptada ao programa que se origina no mundo espiritual, tornando o medianeiro dócil e submisso ao trabalho superior, evitando impor-se, exigir condições especiais e resultados rápidos que parecem levar à promoção pessoal, ao sucesso, ao relevo e ao aplauso.
Tenha-se em mente, que o trabalho, na mediunidade espírita consciente, ainda é sacrificial, de renúncia e evolução, embora os que se devem afadigar no labor dignificante não se queixem, não o confessem, não relatem as dores e dificuldades sofridas, essas lapidadoras abençoadas da vida.
Por fim, a conduta do aprendiz da mediunidade deve ser sempre a mesma, disciplinada e moralizada, em particular como em público, durante as reuniões especializadas ou fora delas, médium que é em toda circunstância, atraindo companhias conforme a direção mental em que se projete e a psicosfera em que se movimente.
Batuíra


(De “Terapêutica de Emergência”, de Divaldo P. Franco – Diversos Espíritos)

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